Entre os dias 8 e 13 de outubro, aconteceu a Reunião Anual do FMI e do Banco Mundial em Tóquio, Japão. Quatro anos depois do colapso financeiro de 2008 que foi o estopim da atual crise sistêmica enfrentada pela economia mundial, a reunião foi mais um exemplo da falta de acordo político entre os governos para alcançar saídas multilaterais que representem a mudança de modelo que a economia mundial urgentemente precisa. Mas isso não chega a ser propriamente uma surpresa.
Desde 2008, entre sucessivas Cúpulas dos presidentes do G20, Reuniões de Ministros das Finanças do G20, reuniões das Instituições Financeiras Internacionais (o FMI, o Banco Mundial, o Comitê de Basiléia, o Comitê de Estabilidade Financeira, etc.), muito pouco se avança além de reforçar as políticas neoliberais, com o fortalecimento de um FMI antes moribundo e que agora dita – junto com o Banco Central Europeu e a Comissão Européia – as políticas de austeridade das economias em crise de dívida soberana (tais como Grécia, Irlanda e Portugal).
Diversos grupos da sociedade civil japonesa organizaram protestos contra o FMI e a continuidade de suas políticas falidas. O Instituto Equit / REBRIP se somou aos protestos e a um diálogo com militantes japoneses sobre a crise sistêmica, o papel das IFIs na manutenção do modelo neoliberal e as mobilizações dos povos de todo o mundo por um outro modelo econômico e de desenvolvimento.